Voce tem aquilo que merece !

Moras onde melhor Deus te proporcionou,

de acordo com teu adiantamento.

Possuis os recursos financeiros coerentes

com as tuas necessidades, nem mais,

nem menos, mas o justo para as tuas

lutas terrenas.

 

Teu ambiente de trabalho é o que elegeste

espontaneamente para a tua realização.

Teus parentes, amigos são as almas que atraístes,

com tua própria afinidade.

Portanto, teu destino está constantemente

sobre teu controle.

 

Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais,

buscas, expulsas, modificas tudo aquilo

que te rodeia a existência.

Teus pensamentos e vontades são a chave

de teus atos e atitudes…

São as fontes de atração e repulsão na tua

jornada vivência.

 

Não reclames nem te faças de vítima.

Antes de tudo, analisa e observa.

A mudança está em tuas mãos.

Reprograme tua meta,

busque o bem e viverás melhor.

 

" Embora ninguém possa voltar atrás e

fazer um novo começo, qualquer um pode

começar agora e fazer um novo fim ".

 

Chico Xavier.

Falar (Martha Medeiros, publicado em O Globo, em 02/04/2006)

Já fui de esconder o que sentia, E sofri com isso. Hoje não escondo nada do que sinto e penso, e às vezes também sofro com isso, mas ao menos não compactuo mais com um tipo de silêncio nocivo: o silêncio que tortura o outro, que confunde, o silêncio a fim de manter o poder num relacionamento.

Assisti ao filme “Mentiras sinceras” com uma pontinha de decepção — os comentários haviam sido ótimos, porém a contenção inglesa do filme me irritou um pouco — mas, nos momentos finais, uma cena aparentemente simples redimiu minha frustração. Embaixo de um guarda-chuva, numa noite fria e molhada, um homem diz para uma mulher o que ela sempre precisou ouvir. E eu pensei: como é fácil libertar uma pessoa de seus fantasmas e, libertando-a, abrir uma possibilidade de tê-la de volta, mais inteira.

Falar o que se sente é considerado uma fraqueza. Ao sermos absolutamente sinceros, a vulnerabilidade se instala. Perde-se o mistério que nos veste tão bem, ficamos nus. E não é este tipo de nudez que nos atrai.

Se a verdade pode parecer perturbadora para quem fala, é extremamente libertadora para quem ouve. É como se uma mão gigantesca varresse num segundo todas as nossas dúvidas. Finalmente se sabe.

Mas sabe-se o quê? O que todos nós, no fundo, queremos saber: se somos amados.

Tão banal, não?

E no entanto esta banalidade é fomentadora das maiores carências, de traumas que nos aleijam, nos paralisam e nos afastam das pessoas que nos são mais caras. Por que a dificuldade de dizer para alguém o quanto ele é — ou foi — importante? Dizer não como recurso de sedução, mas como um ato de generosidade, dizer sem esperar nada em troca. Dizer, simplesmente.

A maioria das relações — entre amantes, entre pais e filhos, e mesmo entre amigos — ampara-se em mentiras parciais e verdades pela metade. Podem-se passar anos ao lado de alguém falando coisas inteligentíssimas, citando poemas, esbanjando presença de espírito, sem alcançar a delicadeza de uma declaração genuína e libertadora: dar ao outro uma certeza e, com a certeza, a liberdade. Parece que só conseguiremos manter as pessoas ao nosso lado se elas não souberem tudo. Ou, ao menos, se não souberem o essencial. E assim, através da manipulação, a relação passa a ficar doentia, inquieta, frágil. Em vez de uma vida a dois, passa-se a ter uma sobrevida a dois.

Deixar o outro inseguro é uma maneira de prendê-lo a nós — e este “a nós” inspira um providencial duplo sentido. Mesmo que ele tente se libertar, estará amarrado aos pontos de interrogação que colecionou. Somos sádicos e avaros ao economizar nossos “eu te perdôo”, “eu te compreendo”, “eu te aceito como és” e o nosso mais profundo “eu te amo” — não o “eu te amo” dito às pressas no final de uma ligação telefônica, por força do hábito, e sim o “eu te amo” que significa: “seja feliz da maneira que você escolher, meu sentimento permanecerá o mesmo”.

Libertar uma pessoa pode levar menos de um minuto. Oprimi-la é trabalho para uma vida. Mais que as mentiras, o silêncio é que é a verdadeira arma letal das relações humanas.

Coragem!

Sentado ao Nosso Lado

"Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado
dele, disse: Coragem!" (Atos, 23.11a)
 
 Será que conseguimos visualizar este momento tão maravilhoso que Paulo vivenciou, onde o Senhor sentou-se ao seu lado para dizer-lhe "Coragem!"? Numa hora onde talvez toda a esperança e certeza de Paulo tinham se esvaído?
 Quantas vezes já passamos por momentos iguais a este? Inúmeras. Pessoalmente ou vendo acontecer com amigos e irmãos, da mesma forma nos doeu ou dói tremendamente. Seja um caso de doença, dor, desamparo ou solidão… quando um amigo se sente só ou está passando por um momento difícil, ou um irmão que está vivenciando uma situação onde nada consegue suplantar a sua dor.
 Situações assim parecem nos deixar sem um chão onde nos apoiar, sentimos um medo tão aterrorizante, tão tremendo, que nossa alma chega a tremer tanto quanto o nosso corpo. Temos que concentrar as forças, fé, esperança, vontade de viver e de sobreviver em algo que vá além de nós, seres humanos limitados.
 Nesses momentos de escuridão, choro, dor total, vulnerabilidade, tristeza, só o nosso Pai Maravilhoso pode nos tirar do poço de angústia onde ora se encontra nosso coração, sentar-se ao nosso lado e nos dizer: Coragem, Filho! É quando vemos que não há doença, dor, desilusão, ferida, mágoa, tristeza, nada, absolutamente nada, que nos possa tocar mais do que o amor do nosso Senhor.
 Tal qual a caminhada de Paulo tem sido a nossa, cheia de feridas, dores, amarguras, tristezas, mas aquela era inundada pela certeza clara de, não importando o quão escuro estivesse o caminhar, o Senhor estaria com ele, sentado ao seu lado e dizendo: Coragem!
 Que possamos, mais do que ter coragem, sentir a presença do nosso Deus em Sua plenitude, e ter a certeza de que, por mais profunda, longa e dolorida que possa parecer a noite… irá passar. E o sol irá nascer novamente para provar que o Senhor é o Deus da nossa Criação, da nossa vida, do nosso dia a dia… 

Felicidade

Assopre o pensamento triste, deixe escorrer a última lágrima, conte até vinte.
Abra então a janela, aquela que dá para ver o vôo dos pássaros, procure a luz da esperança lá na frente (evite as sombras que ficaram para trás).
Ao encontrá-la, coloque-a dentro do peito de tal jeito que possa ser notada do lado de fora; acrescente agora uma pitada de alegria, do tipo que possa contagiar e que antes não dava nem para notar; aumente o seu brilho, com toda intensidade que um sorriso é capaz.
A felicidade é o seu limite, paraíso é você mesmo quem faz.