ACEITA-ME COMO SOU! – Letícia Thompson

“Aceita-me como sou! Não tente me mudar! Eu nasci assim e provavelmente vou morrer assim. Se você me ama… deve me aceitar como sou!” Alguém já ouviu isso? Já disse isso? É uma súplica. É, na verdade, uma maneira de dizer, sem usar palavras, que não aceitamos mudanças, nem queremos que nos mudem. Nós somos o que somos e pronto! Mas se todo mundo se mantiver nessa posição, cada um vai ficar isolado. Porque na realidade, não podemos mudar a nós e nossa personalidade por causa de ninguém, nem deixar que façam o que querem de nós, mas é tremendamente egoísta dizer “aceita-me como sou” que significa de fato “não estou disposto(a) a fazer nenhum esforço para me adaptar ao ‘seu’ jeito de ser. Relacionamentos são compromissos. Se não há flexibilidade de parte e de outra e uma disposição para se guardar e ao mesmo tempo se adaptar à personalidade do outro, não há relacionamento que funcione. E se essa predisposição a se adaptar só ocorre de um lado, também não funciona. Se devemos aceitar a outra pessoa exatamente como ela é, mas nós devemos nos ajustar a ela para que continuemos juntos, não há equilíbrio na relação. E é injusto. Em todo relacionamento é preciso que haja contrabalanceamento. Cada um se esforça um pouco, põe o orgulho e as idéias fixas do lado e ambos encontram um meio de continuar no mesmo caminho. Somos humanos e podemos ser flexíveis se nosso coração nos pede. Isso não nos diminui, mas pelo contrário, nos engrandece. Que ninguém nos molde! Que não sejamos também marionetes! Mas que tenhamos amor suficiente no coração para reconhecermos sozinhos os pontos aos quais podemos ceder para a felicidade da pessoa que convive conosco. Se ambos tiverem a riqueza de espírito de pensar assim, a caminhada juntos será longa, eternamente longa…

Não trate como prioridade quem o trata como opção

>     Não gosto de desistir das coisas que
amo e não gosto que meus
> clientes desistam. Por isso, ajudo-os a tentar
tudo o que puderem, e
> tudo o que souberem, para assumirem as rédeas de
suas vidas
> profissionais, pessoais e emocionais. A sua vida merece uma
chance de
> ser especial e memorável. E isso inclui em que você se dedique
para
> fazer a vida de alguém especial, feliz e completa. Com sorte,
também
> significa ter alguém que faça isso por você.
>
    Não por dever, apenas, mas por ser um caminho apaixonante da
realização.
>    Mas, infelizmente, no que se refere ao
relacionamento entre duas
> pessoas, não podemos controlar todas as
variáveis, as limitantes e os
> resultados. Até porque os resultados
envolvem diferentes percepções,
> desejos e níveis de
comprometimento.
>     O amor, embora seja um verbo, antes
de uma emoção, é uma daquelas
> áreas nas quais todos nós gostaríamos de
controlar os dois lados da
> equação, mas só podemos controlar o nosso
lado. E torcer.
>     Um romance, seja ele qual for, exige
que os dois queiram dar um
> passo em direção ao futuro misterioso todos
os dias – juntos. Mesmo
> que seja para sofrerem juntos, desafiando os
problemas. Se você é do
> tipo que quer amar, e continuar se comportando
como se fosse só, então
> é melhor ficar só. Fique como está.
>
    Sei que o que está na moda é a fantasia de que "ser livre" é
o
> melhor. Ser independente.
>     Quando o silêncio
das paredes internas do coração começa a ser
> escutado, o "caldo
entorna", e você se pega pensando em passar os
> próximos anos vivendo com
aquela pessoa.
>     Na medida do possível, apoio meus
clientes em seus sonhos e
> desejos. Mas, nem sempre.
>
    Há momentos nos quais você deve olhar bem para aquela pessoa
que
> está tratando você apenas como uma opção, uma alternativa
temporária,
> e deixar de ter a vida dela como sua prioridade. Algumas
vezes, ser a
> pessoa ideal não é o bastante. Especialmente, quando o
outro lado da
> moeda tem uma lista de prioridades enorme, e você aparece
em um
> ingrato 256° lugar.
>     Naturalmente, há
momentos nos quais um amor não pode lhe dar
> atenção. E ajudo meus
clientes a entenderem isso. Há altos e baixos em
> qualquer vida, por isso
não devemos assumir o pior, apenas por um
> problema temporário. Mas, há
também situações nas quais você precisa
> entender que talvez haja muito
mais dentro de você do que a outra
> pessoa nota ou dá valor.
>
    Quase dois anos atrás, uma cliente tratou exclusivamente
deste
> problema comigo. Ao final do nosso processo de trabalho, ficou
claro
> que ela não era prioridade nenhuma para o parceiro. Era apenas
uma
> opção e um "problema" na agenda. Depois de tentar tudo, e mais
um
> pouco, ela rompeu o relacionamento. Ele teve todas as chances de
abrir
> os olhos.
>     Ela deixou de tratar como
prioridade, aquele que a tratava como opção.
>     Na
última segunda feira, ela me telefonou e me convidou para seu
>
aniversário Aniversário e um relacionamento. Com outra pessoa, claro.
>
Flores, presentes e telefonemas não adiantaram — minha cliente me
>
autorizou a contar a história, sem revelar seu nome.
>    
O que existe no coração dela, agora, são as lembranças de ter sido
>
apenas mais um item, em uma agenda lotada. Agora o coração dela já
> está
em outra vida. Ela tem outra prioridade. E o relacionamento atual
> a vê
como prioridade também. O verbo amar, entre eles, se transformou
> no
sentimento.
>     Agora, o ex é carta fora do baralho.
Lembre-se: Não trate como
> prioridade quem o trata como opção. Dê todas
as chances que puder.
> Mas, quando não houver mais o que fazer, não faça.
Pare de tentar.
> Você saberá quando a hora chegou. Você saberá quando já
tentou tudo.
>     E, quando chegar este momento, olhe ao
redor. Se alguém não trata
> você como prioridade, há quem trate. Ai
pertinho de você. É só olhar
> com o coração.
>    
Você merece ser prioridade de alguém. Você merece ser o rei, ou a
>
rainha, e não o vassalo, ou vassala. O amor é um jogo de "iguais de
>
coração".
>
> Não trate como prioridade quem o trata como
opção.
>
>  Aldo Novak
> Música: "You are the sunshine
of my eyes" de Stevie Wonder,
> execução de Paul Mauriat e
orquestra.